Oscar 2010: Sherlock Holmes


Indicado nas categorias: direção de arte e trilha sonora


Ah, vai. Não precisa torcer o nariz e reclamar que direção de arte não é uma das categorias principais. Além do mais, eu não tenho capacitação técnica para dizer se o filme tem ou não condições de ganhar nesta categoria. Então, o que o filme de Guy Ritchie está fazendo nesta lista? Porque eu não tinha falado dele até agora, ué. Precisa de algo mais?

Já tinha lido que o personagem principal estava diferente do que estávamos acostumados, e os trailers só confirmaram isso. Até aí, tudo bem, mas precisava transformar uma história de detetive em um filme de ação pura e simples? O resultado não é dos piores, mas a sensação que se tem é de que não é um filme de Sherlock Holmes. Eu posso estar enganada, mas sempre achei que o grande barato do personagem de Arthur Conan Doyle era acompanhar seu raciocínio lógico e sua capacidade de observação, e tentar desvendar o mistério junto com ele (ou antes!). Só que, no filme, a última das nossas preocupações é descobrir alguma coisa. A história vai se desenrolando não como uma investigação (que necessariamente precisa ter um certo esforço intelectual), mas como uma perseguição ao vilão. 

Claro que isso se deve, em parte ao diretor escolhido, conhecido por um estilo de edição ágil, mas também à roupagem que se quis dar ao personagem. Li uma entrevista do Robert Downey Jr em que ele dizia que o estúdio tinha interferido bastante na obra. Não duvido nada. E também acredito que tenham tentado aproveitar o rastro do sucesso de Homem de ferro, que reergueu a carreira do ator. Só que Tony Starks é radicalmente diferente de Holmes. Não vamos misturar alhos com bugalhos, não é, Warner?

Robert Downey Jr e Jude Law estão ótimos em cena e fazem uma bela parceria e conseguem salvar o dia, acrescentando a dose de humor necessária para tornar a história interessante de se acompanhar. Agora, Rachel McAdams como Irene consegue ser o supra-sumo da sem-gracice. Era pra ser sexy, really? Passou longe, amiga. E o vilão vivido por Mark Strong, com seu plano para dominar o mundo, parecia mais o Cérebro, da dupla com o Pink. Bocejos. Na boa, sou mais o ratinho...

No próximo post: Amor sem escalas
Giselle de Almeida

Um comentário:

Anônimo disse...

Gisele muito lindo seu blog amei de verdade desejo muito sucesso nele e que DEUS ilumine seus caminhos e da sua família
Um grande abraço e tudo de bom
Ass:Rodrigo Rocha