Remédio para ressaca

Então, people, sei que ando meio desatualizada das novidades cinematográficas, mas prometo voltar ao normal em breve. A última coisa boa que vi na telona foi a comédia Se beber, não case!. Confesso que fui sem muita expectativa, queria ver alguma coisa só pra me distrair. E não é que eu me diverti? Não só pelas situações bizarras (e hilárias) que o roteiro inventa, mas porque a trama, como um todo, é bem amarradinha e consegue prender sua atenção. Eu ficava o tempo todo me perguntando: mas onde será que se meteu o noivo desaparecido?

A história é a seguinte: quatro amigos partem para Las Vegas para uma louca despedida de solteiro de Doug. Ele vai acompanhado de seus dois melhores amigos e do futuro cunhado esquisitão. A noite promete. Só que no dia seguinte, todos acordam chapados, sem lembrar de absolutamente nada do que aconteceu. E o pior é que o noivo, que se casará no dia seguinte, está desaparecido. E aí eles começam uma tentativa desesperada de refazer os passos da noite anterior, na esperança de achar o noivo.

A estrutura é ótima, e os roteiristas não nos decepcionam: nos apresentam uma seqüência absurda atrás da outra, mas, dentro da trama, bastante críveis. Aliás, quanto mais absurda, melhor. Tudo sem precisar de flashbacks desnecessários do tipo olha-como-eu-sou-moderninho. A trilha sonora também é espertinha. A melhor música é a do final do filme, interpretada "ao vivo" (não conto mais pra não estragar a surpresa).

Todo o elenco está muito bem, com destaque para Ed Helms, no papel de Stu, o cara certinho e controlado pela mulher. Dá até pra relevar que Mike Tyson (que aparece numa participação) é mau ator. Vá lá, nem ator ele é. E por isso mesmo é divertido. Pode assistir sem medo, que as risadas são certas.