Tudo que é bom...


Pois é, o Festival do Rio já acabou e eu não consegui ver nenhum filme nacional, como sempre faço. Minha enorme lista, esse ano, se resumiu a uma única sessão: na hora de decidir entre O céu de Suely, de Karim Ainöuz, e Babel, de Alejandro González Iñárritu, fiquei com o segundo. Pelo menos, não me decepcionei. Tentei compensar minha frustração com outros filmes off-festival, comentados logo a seguir.


Babel
Em um lugar do interior do Marrocos, uma inocente brincadeira de criança acaba mexendo com a vida de uma família americana e, por tabela, de sua empregada mexicana. Ao mesmo tempo, no Japão, vamos acompanhando a rotina de uma adolescente surda-muda, que tem dificuldade de se relacionar com o pai. As indas e vindas nas histórias vão mostrando que elas estão, de algum modo, entrelaçadas.

Embora os rostos que chamem a atenção nos cartazes do filme sejam Brad Pitt, Cate Blanchet e Gael García Bernal, quem rouba a cena mesmo tem nome desconhecido, cabelos negros e lisos e olhos puxados. A japonesa Rinko Kikuchi, que vive a adolescente Chieko, acerta no tom e faz a gente sentir na pele o drama da sua personagem. Não que os astros hollywoodianos tenham decepcionado. Ao contrário, todos estão muito bem no filme, o que prova que Iñárritu é um ótimo diretor de atores. Mas numa história fragmentada como essa, Kikuchi se destaca do início ao fim, nas cenas em que explora a comédia e nas que mergulha no drama.

A estrutura não-linear do filme não é novidade nem acrescenta muito à história. Serve apenas para manter uma certa unidade com os filmes anteriores do diretor, Amores brutos e 21 gramas, que, segundo ele, formam uma trilogia. Algumas forçadas de barra aqui e ali não tiram a força do drama, mas o roteiro não é tão bem amarrado quanto deveria. A trama japonesa, por exemplo, fica um pouco solta. E Gael, bem, ele merecia um papel maior... :)


Dália negra
É um policial bacana, com visual caprichado, fotografia interessante e elenco cheio de estrelas. Mas não sei por que cargas d'água o roteirista acreditou que ficaria mais interessante com inúmeras reviravoltas no final, despejadas na velocidade de uma metralhadora. Sorry, mas não ficou. Desnecessário mesmo.


Obrigado por fumar
É um ótimo filme. Abusa da ironia para tratar de questões como hipocrisia, poder e manipulação, sempre com muito bom-humor. Aaron Eckhart está excelente como Nick Naylor, um lobista da indústria de cigarros que só falta ser crucificado pela opinião pública. Katie Holmes, a senhora Tom Cruise, faz uma participação que só comprova sua sem-gracice.


O diabo veste Prada
A história é bobinha e o final, todo mundo que já assistiu à Sessão da Tarde uma vez na vida, é capaz de adivinhar: jovem idealista aceita trabalhar como assessora da poderosa Miranda Priestly, editora de uma revista de moda, sonhando se tornar uma jornalista reconhecida. Podia ser mais provocativo, trazer mais bastidores do mundinho fashion, coisa e tal, mas é divertido. Não chega a comprometer a pipoca.

That's all, folks!
Giselle de Almeida

2 comentários:

Anônimo disse...

Pois é, e na volta dela, a minha! Q mala, né?
Bem, o q quero dizer é q ela ainda ñ viu Xeque-mate, um filme q é mt bom, vale de verdade a pipoca.
Suspense de primeira, roteiro bem amarrado e sangue, mt sangue.
Até as atuações da simpática Lucy Liu e do cara-de-espirro Josh Harnett (acho q é assim q se escreve) são boas e não perdem pras aparições de Sir Ben Kingsley e Morgan Freeman. Só o Bruce Willis é q fica fora do pacote de boas atuações. Enfim, um filme mt legal e q merece ser visto. E qto menos vc souber da história, melhor o resultado. =D

Giselle de Almeida disse...

Ai, ai, ai... Já estou ficando curiosa de tanto q vc fala desse filme! Vou ter q dar um jeito de assistir o quanto antes... :)
bjs