Corra antes que acabe!


Blogueira relapsa que sou, abandonei esse espaço por mais de um mês e nem contei pra vocês sobre as séries que me conquistaram nesse fall season (lembram que eu tinha reclamado aqui que a safra estava fraquinha?). Mas eu tinha que vir aqui comentar antes que acabem (falta só um episódio!).



Homeland

A história vocês sabem, né? Carrie (Claire Danes), uma agente da CIA, está convencida de que um soldado americano, Nicholas Brody (Damian Lewis), resgatado recentemente num cativeiro em Bagdá, está envolvido com a al-Qaeda. Mesmo sem autorização dos seus superiores e sem provas concretas que o incriminem, ela começa uma investigação por conta própria do mais novo herói dos Estados Unidos. O grande lance é o clima de eterna desconfiança que paira no ar e que deixa a dúvida de quem é o mocinho e quem é o vilão.

A essa altura do campeonato, a trama já sofreu uma graaande reviravolta, que aparentemente colocou tudo em pratos limpos. Cheguei a suspeitar que uma revelação dessas no meio da temporada poderia até estragar tudo. Por que tão cedo? Aí veio um episódio mais morninho, um outro melhor um pouco e o último... o último foi nada menos que sensacional. "The vest" traz uma sequência de um simbolismo tão forte envolvendo Brody que nunca achei que veria na TV americana. Corajoso.

Sem falar na atuação soberba de Claire nesse episódio angustiante. A situação de Carrie se complica cada vez mais, e tudo parece caminhar para um inevitável desastre. Mas ainda restam muitas perguntas sem respostas e, como todo fã de 24 horas sabe, uma série boa pode mudar de rumo quando você menos espera. E o que eu espero é um season finale surpreendente para uma das produções mais instigantes de 2011.

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American horror story

Quem detesta Glee está de implicância com a série, que também é criação de Ryan Murphy e Brad Falchuck. Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. A história aqui é bem sinistra (com uns toques de bizarrice, o que torna tudo mais divertido). Os Harmon se mudam de Boston para uma casa grande e confortável em Los Angeles. Ben (Dylan McDermott) e Vivien (Connie Britton) tentam superar uma crise no casamento ao mesmo tempo em que Violet (Taissa Farmiga) procura se adaptar à nova escola.

Até aí, superprevisível, não fosse a presença de vizinhos bastante incomuns e acontecimentos estranhos envolvendo os novos moradores. Aos poucos, as histórias que vão sendo contadas sobre a casa vão ficando cada vez melhores. Aliás, a série acerta mais quando pende para o macabro do que quando cai na tentação dos sustos simples. Jessica Lange, na pele da vizinha Constance, está fazendo um ótimo trabalho com a grande personagem que tem em mãos, mas os coadjuvantes vividos por Frances Conroy (a empregada Moira), Evan Peters (o misterioso Tate) e Denis O'Hare (o antigo morador Larry) também se destacam. Já o casal principal não tem tanto carisma quanto necessário, uma pena.

O material apresentado até agora foi bom, tirando umas pontas soltas aqui e ali que ainda aguardo serem respondidas. O penúltimo episódio foi bastante revelador e surpreendente e, ao contrário do que eu imaginava, os roteiristas encontraram um meio indiscutível de manter a família na casa para a próxima temporada (que já está confirmada), mas novos personagens serão necessários para movimentar a trama. Minha dúvida é até quando haverá flashbacks suficientemente interessantes para alternar com as ações no presente. Vejamos.
Giselle de Almeida

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