Oscar 2011: Como treinar o seu dragão


Indicado na categoria: longa-metragem de animação


O trailer de Como treinar o seu dragão não tinha me empolgado nem um pouco. Mais uma dessas animações com várias cenas áereas para mostrar "olha como eu tenho 3D", pensei. Não sei se eu sou ranzinza demais, mas essa necessidade de objetos voadores me irrita um pouco, e aí, já viu, crio implicância. Mas não é que o filme me surpreendeu? História esperta, boas cenas de ação, drama na medida certa, personagens carismáticos... Preconceito puro da minha parte, o longa é superbonitinho. Pronto, simpatizei.

Em primeiro lugar, não tem como não gostar do protagonista, Soluço. Filho de um importante viking, seu sonho é se tornar um caçador de dragões, como a maioria dos homens no vilarejo onde mora. Mas ele é franzino, desajeitado, abusado e vive se metendo em confusão. Logo, seu pai não permite que ele comece o treinamento. Tudo muda quando ele se dá conta de que um de seus ataques, aparentemente frustrado, conseguiu capturar um Fúria da Noite, uma das espécies mais temidas pelos humanos. E o melhor: descobre que o perigosíssimo dragão não passa de uma criatura adorável, que atende pelo nome de Banguela (não é fofo?).


A partir daí, começa uma grande amizade entre os dois. O problema é que o pai de Soluço muda de ideia e o obriga a fazer o treinamento para matar dragões, forçando o garoto a manter convívio com Banguela às escondidas. O drama do menino, que sabe que não poderá manter esse segredo por muito tempo, é a parte mais adulta da história. Tem toda a parte de querer corresponder às expectativas do pai, assumir responsabilidades e coisas do tipo. Por outro lado (que deve agradar mais às crianças), bons personagens secundários, como os jovens Melequento, Cabeçaquente e Cabeçadura, divertem e garantem o alívio necessário para o longa não ficar sério demais. Mas o que me impressionou mesmo foi o desfecho. Até certo ponto previsível, surpreende bem no finzinho pelo grau de realismo, apesar de manter a leveza que permeou todo o filme. Achei corajoso.

Além da história, superbem amarrada, o visual de Como treinar... é bem interessante. Ainda acho o traço e o resultado final da animação um pouco inferiores ao padrão Disney/Pixar, principalmente nos personagens humanos, mas é um trabalho de qualidade, sem dúvida. Acho que o melhor da Dreamworks pós-Shrek (1 e 2, obviamente; o resto nem precisava existir). Não é à toa que vem uma continuação por aí...


No próximo post: O vencedor
Giselle de Almeida

4 comentários:

Fabiane Bastos disse...

Esse longa é muito fofo. Também não dava muito por ele, mas me conquistou. Pena que caiu no ano do Toy Story final, :(

Giselle de Almeida disse...

Pois é, uma pena. Mas gostei muito, me surpreendeu mesmo. Ou seja, mais um pra minha lista! hehehe

Chritphr disse...

Adoro esse filme, com o trailer já me empolguei, e gostaria muito que ganhasse, mas para competir com TS3?
Na minha opinião a TS3 merece mais esse Oscar.

Anônimo disse...

Meu deus se como treinar o seu dragao nao ganhar eu me dou um tapa porque esse e o melhor filme de longa do ano pra quem e viciado em animacao entendi oque eu to falando nao que os outros filmes nao sejam legais. Mais como treinar o seu dragao e um da queles raros filmes que dao vontate de assistir umas dez vezes particularmente eu assisti 4 vezes sou super fan e quero a continuacao