Meu malvado favorito é mesmo irresistível. Há muito tempo eu não via uma animação com tantos personagens tão carismáticos juntos: o simpático Gru, as pequenas Margo, Edith e Agnes, além dos fofíssimos minions, os monstrinhos amarelinhos aí da foto. Aliás, grande ideia a de colocar um vilão como protagonista da história, o que faz sua trajetória ficar divertida. Do contrário, não passaria de mais uma historinha-com-lição-de-moral-para-crianças (se bem que, no cinema, quem mais ria eram os adultos...).
Gru é ambicioso. Inconformado ao perder o título de maior ladrão do mundo para o novato Vetor, ele decide pôr em prática seu mais novo plano: roubar a lua. E nessa empreitada maluca, ele conta com a ajuda das meninas, "adotadas" pelo vilão. No fundo, é a velha história das crianças que mudam de pernas pro ar a vida de um adulto, e fazem com que ele veja o mundo com outros olhos. Pode até ser clichê, mas a graça toda está nas situações inusitadas que vão surgindo ao longo do caminho, como: "Será que eu adio o roubo da Lua para assistir à apresentação de balé das meninas?". É, Gru é do tipo coração mole, mas luta enquanto pode para manter sua reputação. E a gente se diverte (e muito) com isso.
Os minions são um achado, e não duvido nada se ganharem sua própria série na TV, a exemplo dos pinguins de Madagascar. As crianças, especialmente a menorzinha, Agnes, são fofas até dizer chega. Gru, Vetor e o Dr. Nefario também são exemplos de grandes caracterizações, tanto no visual marcante quanto nas vozes (vi a versão dublada, mas nos clipes originais também dá pra se perceber esse cuidado). E ver que esse investimento todo vem de um estúdio que corre por fora na área de animação, o Universal, que se arriscou pela primeira vez no 3D, é (sem trocadilhos) animador. Mais ainda numa hora em que a Dreamworks e a Pixar decepcionam um pouquinho.
Shrek para sempre é um final um tantinho amargo para uma série que começou estupenda e criou estilo próprio: o ogro era um barato, mas o que divertia mesmo eram as referências (e alfinetadas) ao Disney way of life. Sorte que os hilários Burro Falante e Gato de Botas seguram a onda e continuaram divertidos até o fim, mas não dá pra achar que aquela história sem graça e arrastada ia agradar a quem tinha expectativas tão altas. Ah, e eu falei do Rumpelstiltiskin? Então deixa quieto.
Já Toy story 3 é bem agradável de se ver, só que pela nostalgia. Woody e cia. continuaram carismáticos, e o filme manteve com bons diálogos e suas deliciosas referências cinematográficas. Só que o desenho, que já foi pioneiro, apelou feio para a memória afetiva do público e investiu numa história que vinha sendo ensaiada desde a sequência anterior: existe vida para os bonecos depois da adolescência de Andy? A resposta para isso a gente já sabia, e soou meio repetitivo. O final foi de encher os olhos d'água, mas o terceiro filme também não ficou à altura da franquia. Pena. Por isso, é tão bom ver novos estúdios investindo em histórias originais. Já que estamos falando de indústria, tomara que a lógica da concorrência gere produtos melhores. A gente é que agradece.
4 comentários:
KKKK
Adoro quando nossas opiniões divergem, essa semana isso aconteceu com Rocco e Toy Story.
Vc achou apelação o tom nostálgico dos brinquedos, e foi o que eu mais gostei.
As vezes tenho a sensação que não vimos o mesmo filme. Rs
Giselle, Gosto de curtir comentários de filmes. Principalmente se são inteligentes. São indicações pra evitar perda de tempo. Estou te seguindo.
Bjks
bem comentado, organizadinho e com assuntos bem interessantes.. precisei comentar. =)
quanto ao post.. não posso comentar, é que ainda não vi nenhum.. afff..
sucesso ai com o blog, moça..
Oi, pessoal, muito obrigada pela visita e pelos comentários. Fico muito feliz mesmo. Prometo atualizar mais isso aqui logo, logo. :)
bjs
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