No Maraca com Madonna



Pontual foi a chuva, que chegou antes mesmo de Madonna pisar no palco carioca, com meia hora de atraso. Mas os fãs, encharcados, nem ligaram. O que importava mesmo era ver o espetáculo, que prometia. E a diva fez tudo que se esperava dela: cantou, dançou, pulou corda, fez pole dance, beijou uma bailarina na boca, jogou um colete para a galera e desceu do palco para ficar mais perto dos seus súditos.

Provando que a ashtanga yoga faz efeito, a “senhora” de 50 anos usou um figurino que mostrava bastante o corpão e não parou um minuto sequer. Foram duas horas de muita dança e várias trocas de roupa, quase sem descanso. Acompanhada de dezoito bailarinos, ela usou e abusou das coreografias, sempre carregadas de muita sensualidade, sua marca registrada.

Apesar de um assistente procurar protegê-la com um guarda-chuva, a rainha do pop também se molhou, escorregou e caiu no palco, mas não perdeu o rebolado. E ainda virou para o público e disse: “Desculpem por eu estar molhada. Espero que vocês não se importem. Podemos continuar?” Quem se importaria? Quem está na chuva, é pra ver Madonna.

O repertório da turnê “Sticky & sweet”, que a trouxe de volta a terras brasileiras depois de quinze anos – em 1993, ela passou por aqui com “The Girlie show” – é mais atual do que nostálgico. A maioria das músicas do espetáculo é de seu CD mais recente, Hard candy. Não que isso seja um problema, já que Madonna consegue a façanha de colecionar hits a cada novo álbum lançado. Mas ela não deixou de fora sucessos antigos como Human nature, Vogue, Borderline, Music, La isla bonita e Like a prayer – este, com certeza, o momento mais bonito do show, com todo mundo pulando e cantando junto.

No bloco final, além da música-surpresa, que a cantora costuma pedir para a platéia escolher (no Rio, foi Express yourself), uma seqüência mais dançante, capaz de fazer qualquer um perder o fôlego: 4 minutes, com a participação virtual de Justin Timberlake no telão, Ray of light, Hung up e Give it 2 me, encerrando o show em grande estilo.

Diante de tamanho espetáculo, recheado de belos efeitos especiais e digno de agradar aos fãs mais exigentes, qualquer Fla-Flu perde. O Maraca é dela.
Giselle de Almeida

3 comentários:

Fabiane Bastos disse...

Se divertiu hein!
Incrivel como esse tombo deu mais notícias que as músicas! Deve ser por causa do perigo de uma queda para uma senhora de 50 anos, hehehe...

Giselle de Almeida disse...

Gente, eu fiquei preocupada! Imagina se ela se machuca de verdade!

Fabiane Bastos disse...

Que nada ela tá mais em forma que agente!
Não viu? Ela fechou um andar inteiro do Copacabana Palace só c/ sua academia exclusiva.