Trash pouco é bobagem



Personagens bizarros, roteiro inexistente, legendas malfeitas, efeitos visuais e sonoros primários. Imagine todos esses elementos juntos num filme. Uma porcaria, não é? Pois garanto que é uma porcaria bem engraçada. Sábado passado assisti à sessão de Godzilla vs. Megalon, no Cineclube Phobus, especializado em filmes trash. Esclareço, antes de tudo, que fui até lá por motivos profissionais (ia fazer algumas entrevistas para minha matéria da pós), mas acabei ficando. E não é que me diverti?

Sente só a trama: "Uma civilização submarinha é afetada por testes nucleares conduzidos pelas nações da superfície e, revoltada, planeja enviar um monstro para destruir Tóquio. Somente Godzilla poderá enfrentá-lo". Some-se a isso o fato de o filme datar do longínquo ano de 1973. Daí vocês podem imaginar o cenário: um cientista que domina uma "altíssima tecnologia", capaz de produzir um robô bom de luta, mas que ainda utiliza máquina de escrever!

No fim das contas, descobri que o Godzilla não é malvado como eu pensava. Santa ignorância! Ele é um lagarto gigante muito do bobão, diga-se de passagem. E os vilões de seus filmes são os avós dos monstros daqueles seriados japoneses que passavam na extinta Manchete. Todos destruiam sem dó nem piedade a pobre Tóquio (que não passa de uma maquete bem simplória) até que os nossos heróis apareciam e... bem, vocês sabem. O final era sempre igual mesmo.

Viu só? Sorte minha que não sou uma pessoa preconceituosa.
Giselle de Almeida

2 comentários:

Fabiane Bastos disse...

É! viva o tosco!!!!
Com ele agente se diverte.

Não é ótimo quando agente vai a um lugar procurando uma coisa e encontra muito mais???

E como foi a entrevista??? Eu nem comecei esse trabalho ainda!

Giselle de Almeida disse...

As entrevistas, vc quer dizer, né? Já falei com um monte de gente. Sei lá onde eu tava com a cabeça quando inventei essa pauta... Tá dando trabalho, mas acho que o resultado vai ser bom.

bjs