Oooh, I'm still alive...



Tá, eles não foram pontuais. O show estava previsto para às 20h30 de domingo e só começou lá pelas 21h. Mas o que é um atraso de menos de meia hora para os fãs de uma banda que demorou 15 anos pra tocar no Brasil? Praticamente nada. E o Pearl Jam fez por merecer toda a expectativa.

Eddie Vedder prometeu que o show no Rio, o último no país, seria o melhor de todos. E pela disposição que eles demonstraram no palco, deve ter sido. Mesmo depois de duas apresentações seguidas em São Paulo, eles não pareciam cansados. Vedder (lindo, apesar da barba e do cabelo grande) cantou como nunca e ainda bancou o simpático: disse que ia levar a bandeira brasileira pra casa e se esforçou pra falar (várias) frases em português. Mas nem precisava todo esse trabalho pra ganhar a platéia. Bastava que eles fizessem o que sabem pra deixar a gente feliz: tocar.

Antes de cada acorde inicial, a tensão. Em cada show da turnê, o set list tinha sido diferente, não dava pra saber o que estava por vir. Mas a Apoteose teve o privilégio de ouvir todos os clássicos, um por um. Do the evolution foi logo a segunda música. E aí vieram Even flow, Daughter, Once, Better man, Alive (esta, de arrepiar, todo mundo cantando junto). No segundo bis, depois de Last Kiss, me declarei 50% satisfeita. Pra ficar perfeito, só faltava uma coisa... Será que eles leram meus pensamentos? É, era Black, minha música favorita. Não faltava mais nada, agora eu estava 100% satisfeita. E eles ainda nem tinham tocado Jeremy...

Foi maravilhoso. Valeu a pena esperar pela confirmação do show desde julho, quando tocou Garota de Ipanema no site deles e todo mundo começou a especular que eles viriam ao Brasil. Valeu a pena cada real gasto no ingresso. Valeu a pena me equilibrar na ponta dos pés pra tentar ver um pedaço do palco, ou mesmo do telão, entre o cara alto na minha frente e o isopor do ambulante. Atraso? Que atraso? EU TINHA VISTO (E OUVIDO) O PEARL JAM AO VIVO!

Saí de lá com a alma lavada. Eu e outras 39.999 pessoas.
Giselle de Almeida

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